Conus na História Humana
A pesquisa sobre búzios cone e o seu veneno é o culminar de uma longa e documentada história de interesse humano sobre este grupo de moluscos.
Os moluscos mais familiares são aqueles que podem ser consumidos (ex. ostras); e, embora, os moluscos Conus sejam consumidos em algumas ilhas do Pacífico, não são suficientemente abundantes para serem uma fonte culinária notável. Contudo, os padrões impressionantes das conchas têm atraído o interesse humano desde os primeiros tempos e numa grande variedade de culturas. Um exemplo particularmente admirável é um colar feito de conchas de búzios cone encontrado num túmulo da Mesopotâmia na cidade de Uruk que pode ter mais de 5000 anos de idade (figura 1).
Figura 1- Colar com 5000 anos de idade, escavado num túmulo da Mesopotâmia, feito com búzios cone[1].
Outro aspecto que atraiu o interesse sobre os búzios Conus, é o facto destes poderem ser mortais, o que conduziu a investigações científicas sobre o veneno destes moluscos. Os componentes do veneno têm sido o alvo principal destes estudos, principalmente devido ao potencial farmacológico associado a os mesmos.
Actualmente, pelo menos três conopéptidos encontram-se em ensaios clínicos em humanos como candidatos a fármacos, e vários outros estão a ser explorados[1].
Bibliografia:
[1]-Terlau H, Oliveira B. Conus Venoms: A Rich Source of Novel Ion Channel-Targeted Peptides. Physiol Rev, 2004; 84: 41–68.