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Casos Clínicos

Casos Clínicos

Caso clínico 1

       "C.H.G., um homem de 27 anos, disfrutava de um cruzeiro quando desembarcou na ilha Haymen em 27 de Junho de 1935 e pegou num búzio cone vivo (identificado pelo Sr. H.A. Longman, do Museu de Queensland, como Conus geographus). De acordo com uma testemunha ocular, colocou-o na palma de uma mão, com o lado aberto virado para baixo em contacto com a pele, enquanto que com a outra mão começou a raspar com uma faca a cutícula fina que cobre a parte dura da concha.

       Foi durante esta operação que C.H.G. foi picado na palma da mão. Era visível apenas uma pequena marca da punção; o Dr. viu o paciente apenas um pouco antes deste morrer. Os sintomas locais consistiram em dormência ligeira que apareceu quase imediatamente. Não sentiu dor em nenhum momento. Dez minutos depois da picada sentiu rigidez à volta dos lábios. Vinte minutos depois, a visão ficou turva com diplopia; aos 30 minutos as pernas ficaram paralizadas; e aos 60 minutos ficou insconciente e entrou em coma. Nao foi notado nenhum efeito na pele ou nos sistemas linfático, gástrico ou uro-genital. Antes de morrer, o pulso tornou-se fraco e rápido, com a respiração lenta e superficial. A morte teve lugar 5h após a picada. A examinação post mortem mostrou que todos os órgãos estavam saudáveis. A Sr. J.B. Henderson, Analista Governamental, registou que não foi encontrado nenhum veneno no conteúdo estomacal. A vitima estava em perfeita condição física antes da lesão. Os sintomas são semelhantes ao envenenamento com curare."

 

 

Caso clínico 2

         "Um mergulhador estava a procurar conchas no fundo da areia em Nanakuli. Reparando num búzio semi-enterrado, agarrou-o e quase imediatamente o búzio picou-o no seu dedo médio. Apesar de chupar a ferida para remover qualquer veneno, no espaço de 15 minutos desenvolveu uma forte dor de cabeça. Durante as 12 horas seguintes em casa sentiu-se muito nauseado, seguindo-se cólicas estomacais dolorosas durante a noite.

         Afirmou que logo após a picada inicial experimentou uma notável falta de ar, quase, como se alguém estivesse sentado sobre o peito (como ele próprio descreveu).

        Na manhã seguinte, esses sintomas tinham desaparecido, mas continuou a sentir dores no dedo ferido.

         Considerando que o Conus textile é um membro muito pequeno da sua espécie, a potência e o perigo representado por espécies maiores pode facilmente ser previsto."

 

 

Bibliografia:

  [1] https://library.thinkquest.org/C007974/2_1con.html, acedido a 12-05-2011.

 

 

 

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